INVESTIGAÇÃO DA PRESENÇA DE ENTEROHEMOLISINAS EM BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS ISOLADAS DE AMOSTRAS FECAIS

  • Fernanda Kussi Universidade Tuiuti do Paraná
  • Mário Rene Sibut Mares de Souza Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Enterohemolisina.

Resumo

Várias bactérias constituem a flora normal do intestino humano e entre elas está a principal que é a Escherichia coli. Certas cepas de bactérias Gram-negativas (dentre elas a própria E. coli) são produtoras de toxinas patogênicas como a toxina Shiga que causam diarreias, lisam células de vários órgãos e em casos graves, podem causar a Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU) sendo fatal por levar a falência dos rins. Estas cepas enteropatogênicas podem ser reconhecidas pela expressão de enterohemolisinas (gene EHly) e esta característica fenotípica pode ser útil para discriminar cepas patogênicas das cepas da microbiota normal do intestino. A infecção se dá através de alimentos, água ou da carne bovina contaminada com fezes de bovinos e animais domésticos, pois esses animais são reservatórios naturais da E. coli produtora de toxina Shiga (STEC). O objetivo deste trabalho foi determinar a presença de cepas produtoras de enterohemolisina em fezes não diarreicas analisando portadores assintomáticos. Para a produção deste trabalho foi realizada revisão da literatura científica e análise experimental. As 8 cepas fecais de bactérias Gram-negativas isoladas no MacConkey foram passadas para o Mueller Hinton suplementado com sangue de carneiro e cálcio para a visualização da enterohemolisina. Nenhuma delas apresentaram evidências de serem produtoras de enterohemolisinas. Assim, o resultado deveria ser confirmado através de técnicas moleculares. Concluiu-se que a vantagem da metodologia utilizada é a baixa complexidade e baixo custo em relação ao método molecular - PCR. O tema necessita de mais estudos que contribuam para o desenvolvimento de métodos na detecção de enterohemolisinas para que seja inserido na rotina laboratorial a fim de aumentar a sensibilidade de detecção de cepas suspeitas ou associadas a gastroenterites.

Publicado
2021-06-04