DA TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS) ÀS VÍTIMAS DE QUEIMADURA: ESTUDO DIRECIONADO À POTENCIALIZAÇÃO DO REPARO TECIDUAL À PARTIR DE PELE DA TILÁPIA E FRAÇÕES

  • Cassiane Mayara Messias Santos Universidade Tuiuti do Paraná
  • Luciana Nowacki Universidade Tuiuti do Paraná
  • Luiz Fernando Wagner Ribeiro Moraes Gomes Junior Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Queimadura. Pele de tilápia do Nilo. Reconstituição tissular. Colágeno.

Resumo

As queimaduras constituem um grave problema de saúde pública. É uma lesão causada por agentes externos que pode ser classificada de acordo com sua profundidade e ocorrência ou não de complicações. O tratamento varia de acordo com o estado geral do paciente, unidade de tratamento e condições socioeconômicas. Atualmente o tratamento mais empregado utiliza pomada sulfadiazina de prata (1%) e gaze estéril como curativo oclusivo, expondo o paciente a um elevado risco de contaminação durante o processo de troca do curativo. Sabe-se que os ferimentos decorrentes de queimaduras, são por sua natureza, extremamente dolorosos, sobretudo no momento da troca. Recentemente no Brasil o médico cirurgião plástico, Marcelo Borges, iniciou pesquisas direcionadas a utilização da pele de tilápia no tratamento de queimaduras. Obtendo sucesso em sua descoberta, estudos foram realizados utilizando a pele de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), peixe de origem do continente Africano, de matéria prima abundante e baixíssimo custo. Desde então a pele de tilápia vem sendo testada como curativo biológico oclusivo, se destacando devido seu potencial antimicrobicida, podendo ser utilizado como biomaterial para tratamento de lesões de pacientes vítimas de queimaduras de segundo e terceiro grau. O uso da pele de tilápia como tratamento inovador, discorre de um padrão de cicatrização diferente dos convencionais e se apresenta como uma película sobre a pele lesionada, interferindo no processo cicatricial, reduzindo a necessidade de trocas de curativo, evitando fortes dores e recorrentes infecções. Neste estudo propõe-se, além do uso da pele íntegra, a aplicação, sobre a pele lesionada, de biomoléculas presentes na pele de Tilápia do Nilo visando uma potencialização do reparo tissular.

Publicado
2021-06-04