Do esquema ao combate: a dinâmica da lavagem de dinheiro nos tempos atuais
Resumo
Este trabalho analisa a lavagem de dinheiro no Brasil, enfocando sua evolução, métodos utilizados e os desafios estatais no combate a esse crime. O objetivo é compreender como as práticas de lavagem, desde técnicas clássicas até inovações digitais, desafiam as respostas normativas e operacionais do Estado. Adotou-se uma metodologia qualitativa, baseada em revisão bibliográfica de doutrina, legislação, jurisprudência e relatórios institucionais, com análise de casos como Lava Jato e Alcaçaria. Os resultados revelam que métodos tradicionais, como smurfing e empresas de fachada, coexistem com práticas modernas envolvendo criptomoedas, NFTs, fintechs e apostas online, dificultando a detecção. A Lei nº 9.613/1998, reformada pela Lei nº 12.683/2012, e instrumentos como o confisco alargado (art. 91-A, Código Penal) fortalecem a repressão, mas limitações como falta de integração entre órgãos, morosidade processual e lacunas regulatórias comprometem a eficácia. Conclui-se que o Estado brasileiro, embora possua arcabouço jurídico robusto, enfrenta desafios estruturais e tecnológicos para combater a lavagem de dinheiro de forma eficiente. O estudo destaca a necessidade de maior coordenação institucional, regulamentação de setores emergentes e cooperação internacional. Sua originalidade reside na análise integrada de métodos clássicos e digitais, com ênfase em casos recentes, contribuindo para o debate sobre a modernização do enfrentamento à criminalidade financeira no Brasil
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