Décio Pignatari e a prosa de invenção

  • Kenneth David Jackson

Resumo

No livro de contos O Rosto da Memória (1986) e no romance urbano da pauliceia Panteros (1992), o poeta Décio Pignatari redireciona a prosa contemporânea no sentido da invenção. Com um projeto consciente de renovação da prosa, Décio passa a tratá-la com técnicas verbivocovisuais e multimídia, praticadas na sua atuação nas esferas da poesia concreta, da semiologia, do desenho industrial, do cinema, das viagens de aprendizagem, do cotidiano brasileiro e da cultura intelectual do seu tempo. Caracteriza o seu projeto na prosa ao comentar ironicamente, “Acho que talvez tenha feito meia-revolução na poesia, almeja fazer mais meia: na prosa. No País da Geléia Geral quem já conseguiu fazer uma inteira?”
Publicado
2017-03-08