O diretor: bases epistemológicas e éticas para a organização e autonomia da escola

  • Naura Syria Carapeto Ferreira
  • Fausto dos Santos AmaralFilho
  • Clarice Schneider Linhares

Resumo

O trabalho de direção nas escolas, em todos os seus âmbitos, necessita realizar seu compromisso de validação epistemológica a cada conhecimento que nela circula, sem deixar de cumprir também o compromisso de sua validação ética, social e cultural. Somente, assim, o trabalho do diretor se constituirá numa grande contribuição profissional à educação de todos através da organização e autonomia da escola pública. Platão, em sua República, ao elaborar um modelo para a constituição de um Estado justo, propõe, conjuntamente, um modelo de Educação capaz de formar os dirigentes adequados para a efetivação do referido Estado; mostrando, dessa maneira, a inexorável conjunção entre Política e Educação. Tal educação, pela qual o diretor político-pedagógico da cidade pensada deverá zelar, busca primeiramente harmonizar os elementos constitutivos do homem, corpo e alma, assim abarcaria os elementos básicos da paideia tradicional de então, ou seja, a música – que, dentro dos parâmetros da Grécia -, inclui a literatura e a ginástica, confluindo, para a fomentação das virtudes necessárias para a concretização da sociedade almejada, como a temperança e a coragem. Para cumprir tal intento, as competências significativas requeridas para a gestão educacional, como a capacidade de tomar decisões inteligentes e éticas e de intervir em processos pedagógicos intencionais e sistematizados, só terão sentido se vinculadas a uma concepção de formação da cidadania, para as quais se dirijam na prática.

Publicado
2018-11-06
Como Citar
SYRIA CARAPETO FERREIRA, N.; DOS SANTOS AMARALFILHO, F.; SCHNEIDER LINHARES, C. O diretor: bases epistemológicas e éticas para a organização e autonomia da escola. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 5, n. 10, p. 17, 6 nov. 2018.