Formação Fast Food de Professores: uma análise frankfurtiana

  • Ademir Henrique Manfré Unoeste

Resumo

Este artigo trata do tema (semi) formação docente. Pretende-se analisar e refletir sobre a nova proposta de formação de professores presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores para a Educação Básica (Resolução n° 2, de 20 de dezembro de 2019) a qual instituiu também a Base Nacional Comum de formação de professores (BNC - Formação). Partiu-se do seguinte questionamento: de que forma as políticas formativas atuais instauram novos modos de (semi) formar a docência? As análises realizadas apontaram que as propostas formativas formuladas pelas políticas nacionais de formação de professores estão subordinadas aos imperativos semiformativos reduzindo a capacidade crítica do pensar e do fazer pedagógicos. Nesse contexto, a proposta deste artigo é refletir sobre a importância de se conceber os caminhos de uma educação comprometida com a formação (Bildung) de indivíduos autônomos capazes de ressignificar a percepção da realidade pela via da crítica. Viu-se na Teoria Crítica um referencial teórico-filosófico que contempla a possibilidade de desenvolver em bases diferentes a análise do processo social em que se insere a educação escolar na atualidade, bem como seus vínculos com a produção da (semi) formação (Halbbildung).

 

Palavras-chave: Formação (Bildung). Semiformação (Halbbildung). Docência.

Publicado
2021-03-23
Como Citar
MANFRÉ, A. Formação Fast Food de Professores: uma análise frankfurtiana. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 16, n. 42, p. 79-100, 23 mar. 2021.