A abordagem Reggio Emília no ensino remoto emergencial brasileiro: a casa como ciberateliê

  • Alexia Roche de Oliveira Paula
  • Maria Alzira de Almeida Pimenta

Resumo

A abordagem italiana de Reggio Emilia é reconhecida como respeitosa e adequada à natureza da criança, por contemplar o protagonismo infantil e a expressão por meio de diferentes linguagens na educação para a infância. A pandemia da COVID-19, iniciada em 2020, fez com que a escola adentrasse os lares dos estudantes. Nesse sentido, o ateliê – espaço característico nas escolas reggianas, destinado à exploração e vivências artísticas -, transformou-se em ciberateliê, uma vez que as aprendizagens promovidas pelas escolas de Educação Infantil ocorreram por intermédio da tecnologia. Partindo da pergunta “Quais e como os recursos tecnológicos foram usados para manter as práticas pedagógicas em escolas com inspiração em Reggio Emília durante a pandemia?” o presente estudo objetivou compreender como os professores utilizaram recursos tecnológicos (e quais são esses recursos) na configuração de ensino, gerada pelo isolamento obrigatório. A relevância desta pesquisa está em contemplar uma temática atual e necessária para compreender o processo de ensino e aprendizagem no contexto pandêmico. O delineamento da pesquisa, de abordagem qualitativa, envolveu levantamento bibliográfico e estudo de campo, com aplicação de entrevistas semiestruturadas com professores e equipe gestora das escolas.  A técnica de análise dos dados coletados foi a análise de conteúdo. Os resultados apontaram para a utilização de atividades lúdicas que possibilitaram a exploração de diferentes materiais pelas crianças, além disso, o estudo mostra que houve um comprometimento na qualidade da interação durante a pandemia.

 

Palavras-chave: Abordagem Reggio Emilia. Pandemia. Recursos tecnológicos. Ensino remoto.

Publicado
2023-03-27
Como Citar
PAULA, A. R. DE O.; PIMENTA, M. A. DE A. A abordagem Reggio Emília no ensino remoto emergencial brasileiro: a casa como ciberateliê. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 18, n. 48, p. 180-193, 27 mar. 2023.