O Brincar nas infâncias camponesas em assentamentos de reforma agrária

  • Maria do Socorro Xavier Batista Professora Titular da Universidade Federal da Paraíba. Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2000).

Resumo

Este texto apresenta reflexões resultantes de uma pesquisa, em andamento, sobre a infância camponesa em dois Assentamentos na Paraíba, liderados pelo Movimento dos Trabalhadores rurais Sem Terra – MST. Tem como objetivo conhecer e analisar diferentes olhares sobre as dimensões sociais e os aspectos da vida das crianças do campo, a partir do MST, das crianças, dos pais e educadores, com vistas a melhor compreender a infância camponesa e orientar as ações pedagógicas nas escolas do campo. Neste texto o objetivo é apresentar uma reflexão sobre o sentido do brincar e as brincadeiras vivenciadas pelas crianças dos Assentamentos, considerando que na investigação este tema se destacou como algo significativo na vida das crianças. A pesquisa apoia-se nos estudos da Sociologia da Infância e assume uma natureza qualitativa, utilizando diferentes procedimentos e técnicas de coleta de dados, dada a natureza da pesquisa com crianças. Realizamos encontros, oficinas com as crianças, observação, entrevistas com professores e pais e análise de documentos. Os resultados preliminares apontam que não obstante o brincar seja uma prática comum na infância há especificidades na vida e nas brincadeiras de crianças que vivem nos referidos assentamentos evidenciando que estão mais ligadas ao contato com a natureza, brincadeiras ao ar livre, subir em árvores, colher e comer os frutos, assim como as brincadeiras na escola, como espaço de uma maior socialização entre as crianças, possibilitando brincadeiras em que o contato físico entre as crianças está mais presente, o tocar, o abraçar, correr e pular é uma constante e se constitui numa grande diversão. 

Publicado
2018-08-31
Como Citar
BATISTA, M. O Brincar nas infâncias camponesas em assentamentos de reforma agrária. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 13, n. 34, p. 185-202, 31 ago. 2018.