Formação docente e Educação do Campo
Resumo
Este artigo contextualiza aspectos políticos e históricos da Educação do Campo, tendo como eixo principal as políticas de formação docente. É traçado um paralelo entre a Educação do Campo, originada da luta dos movimentos sociais, a qual representa os propósitos dos camponeses; e a Educação Rural que protagoniza os interesses do agronegócio. A formação docente está voltada para a transformação ou para a conservação políticopedagógica? Observa-se que a conjuntura das políticas educacionais de formação de professores desde os anos de 1990 é influenciada pela opção político-ideológica do ideário neoliberal adotado pelo governo brasileiro, caracterizado pela hegemonia dos grupos dominantes, mas também, por uma intensa articulação dos sujeitos políticos e sociais de resistência à opressão imposta pelo sistema capitalista, que resultou em ações propositivas no campo das políticas públicas educacionais, às quais constituem direito social de todos e obrigação do Estado. Para o campo as políticas educacionais de formação inicial e continuada estão formalizadas na política nacional de formação de professores, e também, por meio de Decretos e Resoluções que regularizam o ensino nos espaços geográficos dos campesinos, observando aspectos identitários, curriculares e de formação, a exemplo do Decreto 7.352/2010. Apesar de tal formação estar legitimada oficialmente, demonstra-se neste texto resultados de pesquisas qualitativas sobre a formação docente na Bahia e no Paraná, cujos resultados demonstraram que mais de 70% destes profissionais não têm formação específica para atuar na Educação do Campo.
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