Centros familiares de formação por alternancia: avanços e perspectivas na construção da educação do campo
Resumo
Nos últimos anos temos assistido, nas diferentes regiões brasileiras, a multiplicação dos Centros Familiares de Formação por Alternância. A despeito de suas especificidades e diferenças, são experiências educativas que têm como princípio norteador de sua prática educativa a pedagogia da alternância. Tal princípio repousa sobre a combinação, no processo de formação do jovem agricultor, de períodos de vivência no meio escolar e no meio familiar. Buscando articular universos considerados opostos ou insuficientemente interpenetrados – o mundo da escola e o mundo da vida, a teoria e a prática, o abstrato e o concreto – a alternância coloca em relação diferentes parceiros com identidades, preocupações e lógicas também diferentes: de um lado, a escola e a lógica da transmissão de saberes e, de outro, a família e a lógica da agricultura familiar. Ao apresentar uma nova dinâmica de interação entre os sujeitos do projeto educativo, a formação por alternância traz em seu bojo uma problemática complexa em termos de relações construídas entre o meio escolar e o meio familiar. É neste contexto teórico que, no presente artigo, buscamos analisar as relações escola-família que vem sendo construídas no interior das Escolas Familia Agricola e Casas Familiares Rurais, a partir das representações sociais dos envolvidos nessas experiências educativas. As análises dessas representações revelaram a existência de lógicas distintas orientando o sentido atribuído à alternância, assim como os contornos de novos papéis e novas práticas que, por sua vez, indicam alguns dos desafios e perspectivas vivenciados pelos Centros de Formação por Alternância na construção da educação do campo em nossa sociedade.
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