Infância e Filosofia da Educação no contexto da modernidade
Resumo
Presenciamos, nos contextos atuais, de certo modo, a legitimação da concepção de infância de corte moderno, se tomarmos por referência os inúmeros manuais de filosofia e de educação que são produzidos. De um modo geral, está intrínseca nesses manuais a ideia recorrente de infância como sinônimo de pureza e inocência. A maioria dos autores, que aponta para essa concepção metafísica de infância, desconsidera um conjunto de amplas implicações “nas formas de vida” que dão sustentação à da racionalidade moderna. O presente texto tem a pretensão de apresentar como alguns filósofos modernos relacionaram-se com a temática infância aproximando-a da concepção de subjetividade. Também, o texto descreve as possíveis decorrências nas concepções contemporâneas de infância presenciadas em diferentes contextos educativos. Trata-se de uma síntese
de estudos realizados no processo de doutoramento que emergem agora com uma compreensão mais alargada sobre a temática.
Palavras-chave: Infância. Subjetividade. Afeto.
Referências
BOTO, Carlota. A escola do homem novo: entre o Iluminismo e a Revolução Francesa. São Paulo: Editora da Unesp, 1996.
DEBESSE; MIALARET. Tratado das ciências pedagógicas: educação entre os séculos XVII e XVIII. Tradução de Luiz Damasco Penna e J.B. Damasco. São Paulo: Editora Nacional; Editora da Universidade de São Paulo, 1977.
DESCARTES, René. Discurso do método; As paixões da alma/ Introdução de Gilles-Gaston Granger; Prefácio e notas de Gérard Lebrun; Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Junior. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
GAGNEBIN, Marie J. Infância e pensamento, In: GHIRALDELLI, Júnior. (org). Infância, escola e modernidade. São Paulo: Cortez; Curitiba: Editora da Universidade Federal do Paraná, 1997.
GHIRALDELI, JUNIOR, Paulo. Infância, escola e modernidade. São Paulo: Cortez; Curitiba: Editora da Universidade Federal do Paraná, 1997.
HERMANN, Nadja. Validade em Educação: intuições e problemas na recepção de Habermas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999.
KANT Immanuel. Pedagogia. Tradução de M. Fernandes Enguita. Madrid: Akal, 2003.
KRAMER, Sônia. Infância: Fios e desafios da pesquisa. 8 ed. Rio de Janeiro: Papirus, 2005.
LAJONQUIÈRE, Leandro. A Infância e Ilusão (Psico) Pedagógica. Petrópolis: Vozes, 1999.
MATOS, Olgária C.F. O iluminismo visionário: Benjamin, leitor de Descartes e Kant. São Paulo: Brasiliense, 1999.
MONTAIGNE, Michel. Ensaios. Tradução de Sérgio Milliet. 2.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Os Pensadores)
POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. Tradução de Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Grafia, 1999.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da educação. Tradução de Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 1995. (Paidéia).
SNYDERS apud DEBESSE & MIALARET. Tratado das ciências pedagógicas: educação entre os séculos XVII e XVIII. Tradução Luiz Damasco Penna e J.B. Damasco. São Paulo: Editora Nacional; Editora da Universidade de São
Paulo, 1977.
TREVISAN, Amarildo L. Filosofia da Educação: mímesis e razão comunicativa. Ijuí-RS: Editora Unijuí, 2000.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons* que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project.
*Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.